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Pensando que seria uma simples festa temática com músicas que tocam na rádio, Alê entra sem esperar muito. Mas interrompe o passo de repente. Para, admirado, e sorri sozinho. Olha para o salão como se estivesse com os olhos virados para dentro de si. Tudo aquilo que via era reflexo do que já existia nele. Só não poderia imaginar que era realidade em algum lugar. Aquele som, aquele estilo de ser e se vestir...
O telão já prepara a turma, mostrando cenas de filmes em preto e branco cheias de jovens animados dançando rock'n'roll. Fernando Barreto, locutor do Brilhantina, sobe no palco, dá as boas-vindas à turma e apresenta a banda: Henry Paul Trio! Rockabilly de primeira qualidade. O microfone usado é igual aos antigos. Parece uma caixi¬nha de metal cheia de furos. Até o som sai retrô.
No instante em que os músicos começam a tocar, os rockers puxam pelo braço a garota mais próxima e rodopiam no salão com a voracidade natural do rock. Pra chamar a atenção mesmo. E se divertir.
Aquela batida característica do rockabilly: o sobe e desce dos dedos nas longas cordas do baixo acústico, don, don, don, don, don, don, inundou Alexandre como um temporal. Não dava para diferenciar o som mecânico do da banda. Perfeito!
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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